Não se pode dizer que em 1930 não existissem usinas siderúrgicas no Brasil. Eram muitas as pequenas usinas. Embora com uma produção sempre crescente, elas não conseguiam atender à demanda, obrigando à importação de produtos siderúrgicos. Simplificando a questão, o Brasil exportava minério para poder importar trilhos para suas ferrovias.
A economia do país no momento em que Getúlio Vargas se instalou no governo, após a Revolução de 1930, estava marcada pelo impacto da depressão mundial causada pela crise de 1929.Tudo indicava que o caminho era a industrialização.
Embora, no começo da década de 1930, ainda não se possa falar em uma política de industrialização consistente, é certo que então se inaugurou uma nova fase nas relações entre Estado e economia. Afastando-se progressivamente do liberalismo econômico, o Estado passou a atuar cada vez mais como regulador das diferentes atividades, e se esforçou para definir um planejamento econômico global.
A ascensão de Getulio Vargas marcou o início de uma série de medidas tomadas pelo Estado para avaliar a situação da indústria siderúrgica. Ao longo de uma década, várias comissões foram formadas ou encarregadas de estudar o assunto, até se chegar à criação da CSN. Mas, sem dúvida, o fator decisivo foi a Segunda Guerra Mundial.
A mudança de rumo coincidiu com a viagem do major Edmundo Macedo Soares e Silva à Europa e aos Estados Unidos, para estudar as possibilidades de exportação do minério de ferro brasileiro e as modernas instalações siderúrgicas existentes, com vistas à criação de uma grande siderúrgica. Como resultado dos contatos mantidos, foi decidido que a empresa U. S. Steel enviaria ao Brasil um grupo de técnicos para avaliar a viabilidade da construção de uma usina a coque, tendo por base uma empresa de capital misto. Para trabalhar junto com os norte-americanos, Macedo Soares sugeriu a Vargas a criação de uma comissão, o que aconteceu a 5 de agosto de 1939: foi criada então a Comissão Preparatória do Plano Siderúrgico Nacional.
Os estudos da Comissão Mista vieram a comprovar a possibilidade de o Brasil construir uma grande usina siderúrgica, além de aprovar idéias que vinham sendo defendidas por técnicos brasileiros havia algum tempo. Serviram também para dar continuidade aos trabalhos da Comissão Preparatória, que no início de março de 1940 apresentou relatório com o plano de ação para o setor siderúrgico e a estratégia ideal para conciliar os interesses nacionais com a proposta da U. S. Steel. A evolução da Segunda Guerra, no entanto, levou a empresa norte-americana a abandonar o empreendimento.
As dificuldades levaram Vargas a desistir da associação com empresas estrangeiras. Mas, decidido a dar um encaminhamento definitivo para a questão, optou pela constituição de uma empresa nacional, onde o capital estrangeiro entraria sob a forma de empréstimo: assim, em 4 de março, assinou o Decreto-Lei nº2.054, criando a Comissão Executiva do Plano Siderúrgico Nacional, diretamente subordinada à Presidência da República, e integrada, entre outros, por Guilherme Guinle e o próprio Macedo Soares. Ao mesmo tempo, Vargas iniciava os entendimentos com o governo dos EUA e com o Eximbank para a obtenção do empréstimo necessário. As negociações se prolongaram por todo o ano, com vários impasses. Embora estivesse interessado em montar bases aéreas no Nordeste brasileiro, em nome da segurança continental, e também concordasse em vender material bélico para o reaparelhamento das forças armadas brasileiras, o governo norte-americano ainda resistia à ideia de financiar a construção de uma grande usina siderúrgica aqui, pois isto, na prática, representaria a quebra do monopólio da produção de aço, até então controlada pelos próprios Estados Unidos e Europa, significaria ajudar a industrialização do Brasil.
A mudança radical ocorreu em junho de 1940, com o discurso pronunciado por Vargas a bordo do encouraçado Minas Gerais, interpretado como o anúncio da adesão do Brasil aos países do Eixo. O efeito deste pronunciamento foi imediato! Vargas, com uma manobra consciente, conseguiu pôr um fim às intermináveis negociações, forçando a definição dos Estados Unidos. O empréstimo junto ao Eximbank foi obtido em final de setembro. A nova etapa seria a organização da nova companhia e a implementação das obras. O local escolhidofoi a pacata localidade de Santo Antônio da Volta Redonda. Um local que atendia às exigências técnicas (terreno plano, grandes reservas de água, estrada de ferro), e também a alguns fatores de ordem política, pois se situava no estado do Rio de Janeiro, então governado por Ernani do Amaral Peixoto.
Em 9 de abril de 1941 realizou-se a assembléia geral de criação da Companhia Siderúrgica Nacional, e foi escolhida sua primeira diretoria: Ari Torres (vice-presidente), Macedo Soares (diretor-técnico) e Oscar Weinschenck (diretor-comercial). Seu presidente, Guilherme Guinle, foi nomeado diretamente por Vargas. A usina de Volta Redonda foi inaugurada no dia 12 de outubro de 1946, na presença, entre outros, do presidente Eurico Dutra e de seu ministro da Viação e Obras Públicas, Edmundo de Macedo Soares e Silva. Getúlio Vargas, o grande incentivador da usina siderúrgica, estava ausente, deposto com o final do Estado Novo.
(Pesquiza feita pelo site= http://hid0141.blogspot.com/2010/04/csn-uma-decisao-politica.html )
terça-feira, 14 de junho de 2011
A história de Volta Redonda marca-se como um núcleo urbano surgido em
função da implantação e da expansão do primeiro complexo siderúrgico brasileiro: a
Companhia Siderúrgica Nacional, controlada pelo Estado. O desenvolvimento da cidade
foi, desde sua fundação, condicionado pelas necessidades de ampliação da usina, baseadas
em dois elementos fundamentais: a circulação de capital e a reprodução da força de
trabalho.
função da implantação e da expansão do primeiro complexo siderúrgico brasileiro: a
Companhia Siderúrgica Nacional, controlada pelo Estado. O desenvolvimento da cidade
foi, desde sua fundação, condicionado pelas necessidades de ampliação da usina, baseadas
em dois elementos fundamentais: a circulação de capital e a reprodução da força de
trabalho.
As privatização começaram nos anos de 1980,nessas épocas,não se cogitava a privatizar as grandes empresas estatais.O que ouve de fato,nessa fase de processo,foram reprivativações,ou seja,privatizava as empresas de pequeno porte,devedoras do BNDES,as quais foram absorvidas pelo estado.
As suas razões foi o esgotamentpo do modelo de industrialização por substituição de importação e a nessecidades de se busca uma outra estratégica de desenvolvimento do país,que se insere a abertura da economia brasileira.
Da mesma forma que a abertura comercial,eram necessário aumentar a concorência e forçar os produtores a investirem em tecnologia e modernizagem a parque industrial.As privatizações também se inserem nesse quadro de falÊncia do modelo de desenvolvimento vigente e a busca de um novo rumo para o país.
Além da recessão,da inflação e da crise da dívida externa,os anos de 1980 foram marcados,também,pela crise fiscal do Estado.A qualidade dos serviços
públicos deteriorava-se e o Estado não tinha recursos para realizar novos
investimentos. Era necessário buscar um outro modelo de desenvolvimento.Privatizar as estatais foi a solução encontrada.
Ao privatizar, o governo conseguia resolver dois problemas ao mesmo
tempo.Há, ainda, um terceiro fato que não pode ser desprezado:
as privatizações ajudavam a manter o equilíbrio das contas externas.
Um dos objetivos do programa brasileiro de privatização estava relacionado com a questão da eficiência.Entretanto, é verdade, também, que a grande maioria das estatais privatizadas tornaram-se mais eficientes e lucrativas.Não podemos afirmar que toda estatal é ineficiente ou que, para uma empresa estatal tornar-se eficiente, deve ser, obrigatoriamente, privatizada. Existem casos de estatais eficientes no Brasil, como no exterior. Portanto, é melhor evitar generalizações.
(Pesquisa feita pelo site= http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_adm_6mod/analise_conjuntura_nacional/pdf/aula09.pdf)
As suas razões foi o esgotamentpo do modelo de industrialização por substituição de importação e a nessecidades de se busca uma outra estratégica de desenvolvimento do país,que se insere a abertura da economia brasileira.
Da mesma forma que a abertura comercial,eram necessário aumentar a concorência e forçar os produtores a investirem em tecnologia e modernizagem a parque industrial.As privatizações também se inserem nesse quadro de falÊncia do modelo de desenvolvimento vigente e a busca de um novo rumo para o país.
Além da recessão,da inflação e da crise da dívida externa,os anos de 1980 foram marcados,também,pela crise fiscal do Estado.A qualidade dos serviços
públicos deteriorava-se e o Estado não tinha recursos para realizar novos
investimentos. Era necessário buscar um outro modelo de desenvolvimento.Privatizar as estatais foi a solução encontrada.
Ao privatizar, o governo conseguia resolver dois problemas ao mesmo
tempo.Há, ainda, um terceiro fato que não pode ser desprezado:
as privatizações ajudavam a manter o equilíbrio das contas externas.
Um dos objetivos do programa brasileiro de privatização estava relacionado com a questão da eficiência.Entretanto, é verdade, também, que a grande maioria das estatais privatizadas tornaram-se mais eficientes e lucrativas.Não podemos afirmar que toda estatal é ineficiente ou que, para uma empresa estatal tornar-se eficiente, deve ser, obrigatoriamente, privatizada. Existem casos de estatais eficientes no Brasil, como no exterior. Portanto, é melhor evitar generalizações.
(Pesquisa feita pelo site= http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_adm_6mod/analise_conjuntura_nacional/pdf/aula09.pdf)
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