quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A CSN

Aquele ano marcava o início do mandato de Fernando Collor, que faria da CSN, uma das primeiras estatais a se tornarem vítimas da política de entrega do patrimônio nacional para o grande capital estrangeiro, através das privatizações.A entrega da siderúrgica para o imperialismo foi feita pela burguesia nacional com apoio integral da imprensa capitalista, que orquestrou uma enorme campanha em favor da privatização da CSN.

Tal operação não era à toa. A CSN foi criada em 1941 e iniciou suas operações cinco anos depois, em 1946. Foi a maior e mais moderna siderúrgica de todo o hemisfério Sul. Foi importantíssima para a industrialização brasileira e abastecia de maneira direta ou indireta mais de 30.000 empresas. A produção da CSN atingiu seu auge em 1989 com 3,42 milhões de toneladas de aço, o equivalente a 0,5% da produção mundial do setor. Esta produção fez com que o País arrecadasse naquele ano, 2,2 bilhões de dólares e um faturamento 20% maior que o do ano anterior, 1988. Somente o faturamento da CSN já representava, na época, 0,6% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.

Estes dados mostram como havia motivos de sobra para que o capital estrangeiro ficasse de olho neste patrimônio.

Ao mesmo tempo que prosperava economicamente, a CSN por outro lado não revertia em nada estes ganhos para os trabalhadores. Os quase 30.000 trabalhadores siderúrgicos que produziam esta riqueza estavam há anos com acúmulo de perdas salariais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário